quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O PRECONCEITO VEM DE CASA


Foto: Divulgação

Existem pessoas que descobrem sua homossexualidade desde a infância. Mas o preconceito da sociedade faz com que muitos gays e lésbicas não revelem sua opção sexual aos pais. É o caso do estudante Fabrício Braz, 20 anos, que percebeu ser homossexual aos 12 e mantém um relacionamento há um ano e meio com o também estudante Marlon Costa, de 19. Fabrício diz não ter revelado ainda para a família por medo do que eles venham a fazer. ‘‘Meus pais não sabem, pois tenho receio de qual será a reação deles quando souberem que têm um filho gay, pois eles sempre criticam quando vêem casais homossexuais’’diz.

O mesmo aconteceu com a enfermeira Wanessa Nascimento, 37, que apesar de ter contado para a mãe logo quando se deu conta de seus sentimentos por pessoas do mesmo sexo, não escapou do preconceito dos irmãos. ‘‘Quando eu percebi que sentia atração por mulheres, cheguei para minha mãe e falei. Mesmo porque minha família já desconfiava. Mas isso não fez com que eu me livrasse das críticas de meus irmãos’’ recorda.

O fato de a família ficar sabendo pela própria pessoa não irá fazer com que ela aceite o parente homossexual com naturalidade. Como diz a dona de casa Marley Nascimento, 42, irmã de Wanessa: ‘‘Contando ou não, não deixa de ser uma vergonha para nós da família. É horrível você ouvir ironias das pessoas e saber que se trata de sua irmã. Para mim, a mulher nasceu para o homem e o homem para a mulher, ”desabafa.

Há casos em que a reprovação vai além das ironias, com agressão corporal e verbal. Muitas vezes, os meios de comunicação contribuem com o preconceito, aos homossexuais com a utilização de termos pejorativos ou caricatos. Mas a violência mais grave são os assassinatos. Nisso o Brasil é campeão mundial. A cada dois dias, um gay ou travesti é morto, vítimas da homofobia.

Para mudar estatísticas como essa, tramita pelo Senado federal o projeto de lei 122/2006, apresentado pela deputada federal Iara Bernardi (PT-SP), que torna crime a discriminação e o preconceito aos homossexuais, definindo punições para diversas práticas consideradas discriminatórias.


Maria Valéria

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

ZOOFILIA: DOENÇA OU NECESSIDADE


Foto: Divulgação


Zoofilia ou bestialismo é uma palavra grega que significa amizade e amor por animais e é definida como atração e envolvimento sexual de humanos com animais ou o prazer sentido ao assistir a momentos de cópulas. As pessoas que praticam esse ato são chamadas de zoófilas. No Brasil, essa prática geralmente acontece em regiões rurais, quando o jovem ainda não teve a primeira relação sexual, e quase sempre desaparece após a pessoa iniciar um relacionamento íntimo com humanos.

Nossa reportagem foi em busca de pessoas que praticaram, ou ainda praticam, sexo com animais. Encontramos no município de Custódia, Sertão de Pernambuco, há 340 quilômetros do Recife, José Luciano (nome fictício), 27 anos, filho de agricultor. Quando ele ainda era adolescente, manteve relações sexuais com uma cabra. “Na época, era difícil arranjar namorada, eu tinha 14 anos e fui incentivado por um amigo a fazer sexo com uma cabrita”, disse.

O filósofo e escritor australiano Peter Singer, que participa de movimentos pelos direitos dos animais, defende a zoofilia, desde que não haja dano ou crueldade contra o bicho. Esse pensamento não é compartilhado por muitas pessoas, pois a maioria defende que, assim como as crianças, os animais não são capazes de decidir se desejam ou não praticar o ato.

A zoofilia, de acordo com as teorias científicas, pode ser considerada como perversão sexual e transtorno mental, podendo trazer danos à pessoa que a pratica. Em contrapartida, é conhecido que muitos jovens chegam a manter relações sexuais com bichos na adolescência, sem que isso possa ter qualquer prejuízo mental. Luciano, hoje casado, não faz mais sexo com animais. “Considero que foi criancice minha. Agora, estou adulto e casado e não penso mais naquilo”, declarou.

Na maioria dos países, fazer sexo com animais é considerado ilegal, ato abusivo e crime contra a natureza. “Não há lei no Brasil em que a zoofilia conste como crime penal. Caso o ato praticado provoque dano ao animal, pode-se enquadra-lo como crime ao meio ambiente”, explica o advogado Luiz Henrique.

Adúlccio Charles

terça-feira, 20 de outubro de 2009

EDITORIAL

Falar de sexo e sexualidade abertamente é umas das maiores dificuldades enfrentadas pela população. Homens e mulheres, em pleno século 21 ainda sentem vergonha ou timidez de abordar o tema. Pensando nisso, propomos um blog que irá falar abertamente do assunto, trazendo informações, tirando dúvidas e esclarecendo os leitores. A falta de informação de como deve ser encarado o sexo pode trazer vários problemas. As doenças sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada, dificuldades em relacionamentos, são apenas algumas dificuldades que podem colocar em risco a satisfação pessoal e até mesmo a vida das pessoas.

O blog Transado vem com o objetivo de mostrar ao público que se pode falar de sexo sem vulgarizar, de uma maneira diferente e sobretudo abordando o tema, que antes era visto como um tabu, de maneira séria e clara. Profissionais como sexólogo, ginecologista, sexoterapeuta irão interagir com os nossos leitores através do blog, que terá como público alvo pessoas, maiores de 14 anos, de todos os sexos e sexualidade, de todas as raças e classes sociais.

Será pelo caminho da clareza que trilharemos em busca de levar informações que poderá, de alguma forma, ajudar as pessoas a compreenderem os diversos labirintos da sexualidade. O blog Transado não será apenas mais um blog com informações, a proposta é que ele traga ao internauta, educação sexual.