Eu tinha 14 anos quando tudo aconteceu. Estava brincando de pião no quintal da minha casa, quando escutei barulhos de água caindo na casa vizinha, vizinha mesmo, colada com a minha. Na hora, não tive nenhuma reação. Depois, bateu a curiosidade de olhar o que estava acontecendo com toda aquela água sendo desperdiçada. Queria avisar aos meus vizinhos, recém chegados, que deveria estar acontecendo algum problema hidráulico na residência deles. Subi no pé de carambola, que tinha no meu quintal, e fui me certificar do que estava acontecendo.
E assim tive a surpresa. Minha vizinha de mais ou menos 30 anos estava tomando banho, completa e lindamente nua. A princípio, fiquei paralisado com tanta beleza, aquele corpo moreno e escultural todo molhado, seios redondos, olhos verdes, parecendo esmeraldas, cabelos belos e pretos. Lembro-me bem, fiquei ali por mais de dez minutos, os minutos mais intensos da minha vida. Cláudia era o nome dela. Depois daquele dia, claro que me masturbei na hora, não consegui tirar a cena da minha cabeça.
Dias passaram, meses também. A nossa família ficou próxima do casal, recém-casados e novatos no bairro. Cláudia e Homero viviam lá em casa, jogava baralho com meus pais, faziam churrasco juntos, e eu sempre com a minha vizinha em mente. Mas que tolo era eu, claro que ela nem sabia do que se passava na minha cabeça. As duas famílias eram cada vez mais unidas, saíam juntas e compartilhavam até as refeições. Já tinha 15 anos e toda vez que escutava barulho de água na casa vizinha, corria para o pé de carambola. Toda tarde, ela tomava banho no quintal, me proporcionando orgasmos cada vez mais intensos.
Um dia, lembro bem a data, dia 22 de dezembro, estava mais uma vez em cima da árvore, quando Cláudia olhou para cima e me viu a observá-la. Meu mundo caiu, desabou sobre minha cabeça, não sabia o que fazer. A linda mulher pegou o magricela do adolescente olhando e se deliciando com o banho dela. Ficamos mais ou menos um minuto sem tirar os nossos olhares um do outro e, para minha surpresa, Cláudia se virou e continuou o banho. Desci rapidamente e corri para dentro de casa.
Dias se passaram e eu não tive mais coragem de subir naquele pé de carambola, me trancava no quarto toda vez que os vizinhos iam lá em casa. Até que um dia meu pai me chamou, ou seja, ordenou que eu viesse para a sala jogar baralho com o casal. Tive que ir. Durante toda a partida olhava por baixo da vista para ela e toda vez que isso acontecia, Cláudia dava aquele ar de deboche, me irritava porque sabia que ela se sentia absoluta, dona da situação que a qualquer hora poderia revelar a verdade.
Um dia, “o dia”, estava indo para o colégio jogar bola quando ouvi aquele chamado de psiu. Olhei para a casa ao lado e Cláudia me chamava. De cabeça baixa fui até ela. A mulher dos meus sonhos pediu-me para dar uma olhada no chuveiro dela que estava quebrado. Era a primeira vez, depois do “dia do flagra”, que eu falava com ela.
Entrei como se nada tivesse acontecido, fui até o banheiro e comecei a olhar. Claro que eu não entendia nada de hidráulica. Foi aí que aconteceu o que eu não esperava, ou seja, o que eu sempre esperava. Senti uma mão me tocar nas costas, era Cláudia, linda, morena e nua. Fiquei desesperado sem saber o que fazer, e o marido dela? Onde estava? Iria chegar?
Não tive tempo de raciocinar direito, ela me levou para a cama, e sem falar nenhuma palavra tirou minha roupa e começamos a nos tocar. Quase um ano depois, estava tocando aqueles seios lindos e redondos que nunca saíram da minha mente. Queria impressionar, dando uma de experiente no assunto, mas não consegui disfarçar que era minha primeira vez. Toquei todo o corpo dela, passei, sem pressa, a mão por toda a extensão daquela beldade morena. Fizemos sexo, ou amor, não seu, durante longos, silenciosos e inesquecíveis 30 minutos.
Depois desse dia - foi o único - não falei mais com ela. Algumas semanas depois, o casal se mudou para São Paulo e eu nunca mais voltei a ver Cláudia. Tempos depois fiquei sabendo que o casal teria voltado para Recife, mas não ousei procurá-los.
Hoje, tenho 45 anos e nunca esqueci os 30 minutos mais intensos da minha vida. A minha primeira vez foi um momento que até hoje nunca compartilhei com ninguém, nem com meus amigos de infância. Aquele corpo moreno de olhos verdes, em minhas mãos inexperientes foi o grande momento da minha vida, até hoje me lembro de cada detalhe daquele dia eterno.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário